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Verdades ocultas no silêncio de um sábado 664o71

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Alisson Barreto 30 de março de 2024
Verdades ocultas no silêncio de um sábado
Verdades ocultas no silêncio de um sábado - Foto: Alisson Barreto

Verdades ocultas no silêncio de um sábado


O sábado santo nos recorda que nem sempre é tempo de festa e exposição. Há tempo de silêncio e há tempo de canção; há tempo de dobrar os joelhos e de elevar as mãos.


Engana-se quem acredita que tudo o que é bonito é para se mostrar. Há muito bonito que só se realiza no belo se preservar para o momento oportuno. A sobremesa sempre fica mais saborosa se não comida no meio da refeição.


As dores de barriga nos lembram que há momentos em que não nos cabe comer algo. A estação das flores não dura o ano todo. Há tempo de chuva e há tempo de Sol. A vida tem seus tempos.


Algumas pessoas pensam que serem verdadeiras é destacarem o um por cento de erro do outro e ignorarem os 99% de acertos. Não deixemos que a chateação no trecho um por cento do seu percurso se torne 99% de chateação aos que nos circundam.


A traição da quinta, após o mais excelso dos banquetes, e a dor da sexta-feira nos ensejam as oportunidades do luto e da reflexão. Após os quais, renovados na esperança, aguardamos as alegrias da ressurreição.


Após o exemplo do lava-pés e a bênção da Santa Ceia veio a mais dolorosa das sextas-feiras do ano, aquela em que ficamos sem a Missa, pois Cristo morreu na Cruz. O Cordeiro de Deus foi imolado, por conta dos nossos pecados. Mas a morte não O venceu, o Cristo que à Mansão dos Mortos desceu, ao terceiro dia ressuscitou. A cruz que impunha medo e condenação, tornou-se instrumento de luz e salvação. Nela, o amor venceu!


Hoje é um dia que começa no silêncio, mas que culminará com a maior das alegrias, a da vitória da vida sobre a morte. Falta pouco e logo estaremos a comemorar a alegria da ressurreição, após a morte decorrente de Sua paixão.


Por fim, é sábado: retorno ao silêncio, na esperança da ressurreição, que comemoraremos na vigília pascal e em todos os domingos de todos os anos, pelos séculos dos séculos.


Maceió, 30 de março de 2024.


Alisson Francisco Rodrigues Barreto