O Arte Pajuçara será palco de uma tarde que promete tocar fundo o coração dos amantes da música brasileira. No próximo dia 31, a partir das 17h, será apresentado o projeto "O Cavaquinho de Waldir Azevedo por Salomão Miranda", um espetáculo que ultraa os limites do som para mergulhar na essência da memória, da paixão e da arte.

Idealizado pelo músico e professor Salomão Miranda, o projeto é um verdadeiro ato de amor ao cavaquinho e ao maior mestre que esse instrumento já conheceu: Waldir Azevedo. Salomão, nascido em Garanhuns, Pernambuco, e radicado há 20 anos em Maceió, desde criança carrega consigo um encantamento profundo pela música brasileira. Foi ainda garoto, na era do vinil e das fitas K7, que descobriu os tesouros musicais de Waldir. "Cada música dele era uma joia rara. Repetia o lado A, depois o B, com reverência. Era como garimpar magia", lembra emocionado.

Hoje, com LPs raros guardados como relíquias, Salomão realiza um sonho: homenagear aquele que elevou o cavaquinho a um lugar de protagonismo. Waldir transformou o que antes era instrumento de apoio em estrela de palco. “Ele é insuperável”, diz Salomão, que também toca violão, teclado, flauta doce e instrumentos de percussão. Para ele, todo cavaquinista que deseja tocar choro deve, obrigatoriamente, ar pela escola Waldir Azevedo.

O Cavaquinho de Waldir Azevedo por Salomão Miranda tem a produção da Horizonte Produções e é um projeto contemplado pela Lei Aldir Blanc, via Secretaria Estadual da Cultura (Secult), fruto de meses de dedicação, selecionando, estudando e ensaiando um lindo repertório. E não faltarão clássicos como Pedacinhos do Céu, Delicado, Brasileirinho e Carioquinha.

Não será apenas um show musical, ressalta Salomão. “Haverá contextualização, histórias e curiosidades emocionantes, como a de "Delicado", que virou sucesso internacional e que Waldir teve a surpresa de ouvir tocando numa caixinha de música durante uma turnê no Oriente Médio. Ou ainda a ternura de "Pedacinhos do Céu", feita para suas filhas — uma música que, ao ser ouvida, traz à tona todo o afeto que ele depositava em suas composições”.

Acompanhando o cavaquinho de Salomão, estarão o violão de sete cordas de Gustavo Lavz e a percussão de Cristiano Felix, o experiente trio de músicos brindará os ouvintes com arranjos e nuances novas às músicas de Waldir.

Além do show em Maceió, dia 31 de maio, o projeto também inclui a cidade de Penedo com um show e uma oficina sobre o cavaquinho, com foco em suas características técnicas, sua trajetória histórica e seu papel no choro brasileiro. A oficina será aberta a músicos, pesquisadores e curiosos, como parte do compromisso de preservar e difundir esse patrimônio cultural. Para Salomão Miranda, esse projeto representa mais do que uma apresentação. É um mergulho pessoal em suas raízes, nas memórias familiares repletas de música, e na paixão que o acompanha desde menino. “É a concretização de um sonho e o início de uma jornada que terá continuidade: a segunda edição já está confirmada para acontecer em Penedo”.

No dia 31, o público pode esperar emoção, talento e um reencontro com a alma do choro. E, sobretudo, com a magia do cavaquinho de Waldir Azevedo, por meio da sensibilidade de um artista que faz da música sua vida.

SERVIÇO: 411mo

O Cavaquinho de Waldir Azevedo por Salomão Miranda

Data: 31 de Maio

Horário: 17 h

Local: Arte Pajuçara – Maceió

Entrada: Gratuita

Realização: Horizonte Produções, com apoio da Secult/AL – Lei Aldir Blanc – Ministério da Cultura