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Prazos previstos no estatuto e festas de fim de ano vão alongar o processo de impeachment por cerca de cinco meses 191z

Por Globo Esporte 23/11/2016 10h12
Decisão sobre futuro do presidente do Corinthians deve sair em abril
Reprodução - Foto: Assessoria

Apesar da entrega do requerimento exigindo a saída do presidente Roberto de Andrade nesta terça-feira, o Corinthians não terá uma decisão rápida sobre o futuro da diretoria. Na avaliação dos grupos oposicionistas responsáveis pela elaboração do pedido, o processo só deve ser votado pelo Conselho Deliberativo em meados de abril de 2017.

Os prazos previstos no estatuto do Corinthians consumirão cerca de 45 dias a partir da chegada da documentação às mãos do presidente do Conselho, Guilherme Strenger, provavelmente nesta quarta-feira. A previsão é de que as festas de fim de ano atrasem ainda mais as etapas.

O período favorece para que Roberto de Andrade formule sua defesa e evite o impeachment. O dirigente só se pronunciará depois de ser comunicado pelo Conselho da abertura do processo.

O pedido da oposição tem como base s de Andrade como presidente do clube antes mesmo de ser eleito, reveladas pela revista Época. Na primeira, ele rubricou lista de presença de assembleia geral de cotistas da arena. Depois, o nome do dirigente aparece em uma ata e no contrato do estacionamento do estádio com a Omni, empresa que também controla o Fiel Torcedor. Andrade alega que assinou depois de ter sido eleito presidente.

O grupo da situação, que ainda inclui o ex-presidente Andrés Sanchez, avalia que a demora no andamento do processo pode ser ruim para a decisão. O temor é de que o número de apoiadores da destituição de Andrade possa aumentar com o ar do tempo. Foram 63 s de conselheiros entre 345 possíveis.

Como funciona?

O presidente do Conselho Deliberativo tem até cinco dias para encaminhar o requerimento à Comissão de Ética e Disciplina, que comunicará Roberto de Andrade. Ele terá prazo de dez dias a partir do recebimento para apresentar a defesa.

Em mais dez dias, a Comissão precisa entregar um parecer ao presidente do Conselho para dar prosseguimento processo, mas sem poder de veto. Strenger convocará então uma reunião extraordinária entre conselheiros para a votação do afastamento ou permanência do presidente.

Se o impeachment ar no Conselho, o presidente será afastado imediatamente, mas ainda terá uma última chance de ficar no cargo. O Corinthians ará por uma assembleia geral de associados para, em última instância, decidir pelo futuro do dirigente.

Se Roberto de Andrade deixar a presidência, o primeiro vice, André Luiz de Oliveira, o André Negão, assume. Como restam mais de seis meses para o próximo pleito, marcado para fevereiro de 2018, ele será obrigado a convocar novas eleições.