O caso da bebê Ana Beatriz, que desapareceu com apenas 15 dias de vida, teve uma reviravolta nesta segunda-feira (14). A mãe da criança apresentou à polícia uma nova versão dos fatos. Diferente da primeira alegação, não houve veículo nem os criminosos descritos, de acordo com o novo depoimento. As novas informações mudam o rumo do trabalho da polícia.

Os detalhes da nova narrativa estão sob sigilo para não comprometer as diligências em andamento. Novas diligências serão realizada e, até o final do dia, a polícia deve solucionar o caso e a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), apresentar o o desfecho à população.

Na manhã desta segunda-feira, a SSP/AL divulgou uma nota convidando a imprensa para acompanhar as diligências que serão realizadas, a partir das 14h, na cidade de Novo Lino. “Logo após as diligências, às 16h, será concedido um pronunciamento à imprensa no [Centro Integrado de Segurança Pública] Cisp de Novo Lino, com a presença do secretário de Segurança Pública, Flávio Saraiva, e dos delegados Igor Diego e João Marcello, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Dracco), que darão detalhes sobre o caso e os desdobramentos da operação”, informou o órgão.

Na primeira versão dos fatos, a disse à polícia que a bebê Ana Beatriz Silva de Oliveira, de apenas 15 dias, à época, havia sido arrancada à força de seu colo por três homens e uma mulher, que ocupavam um automóvel Corsa Classic, de cor preta, na manhã desta sexta-feira (11), quando ela estava em ponto de ônibus, num trecho da rodovia BR-101, no Povoado Novo Eusébio, no município de Novo Lino.

Na tarde do mesmo dia, um homem foi preso no estado de Pernambuco com um veículo descrito e reconhecido pela manhã da criança. Ele foi conduzido à Delegacia de Vitória de Santo Antão, prestou depoimento e foi liberado.

Conforme a SSP/AL, o suspeito informou que é despachante do Departamento de Trânsito (Detran). “Em relação ao homem detido pela Polícia Militar de Pernambuco, ele foi liberado após prestar depoimento aos delegados Igor Diego e João Marcelo, responsáveis pela condução do caso. A princípio, o suspeito seria despachante do Detran e teria autorização para circular com placas automotivas e comprovou, por meio de câmeras de segurança, os lugares em que esteve para realizar as trocas das placas que portava.”

Desde o início do caso, equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal atuam de forma integrada nas buscas pelo bebê e pelos demais envolvidos. A investigação está agora sob responsabilidade da Seção Antissequestro da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).

A SSP reforça que as buscas continuam de forma intensiva, com o objetivo de localizar a criança com urgência e garantir a responsabilização de todos os envolvidos. Sobre um bebê encontrado no Maranhão, a SSP/AL informou que não o mesmo desaparecido em Novo Lino.

“Os delegados Igor Diego e João Marcello solicitaram apoio à Polícia Civil do Maranhão para averiguar a situação. No entanto, há registro de um caso semelhante de sequestro ocorrido no mesmo estado. Todas as hipóteses estão sendo investigadas”, informou a SSP/AL.