Em Piaçabuçu, o último roteiro do Sul de Alagoas e do Caminhos do São Francisco, três fatores atraem turistas do mundo inteiro: as dunas douradas, a visita à Foz do Rio São Francisco e as praias. Mas um dado chama a atenção: o município, que possui 40 km de areias contínuas, tem na praia do Pontal do Peba a mais extensa do estado de Alagoas e uma das mais longas do Brasil, com 22 quilômetros de extensão.

Com uma economia em grande parte voltada ao turismo, Piaçabuçu tem no famoso eio à foz do Rio São Francisco, feito em barcos particulares que saem do centro da cidade e de vários pontos de apoio, como restaurantes e receptivos, seu maior atrativo. As dunas de areias claríssimas e várias lagoas de águas mornas compõem a Foz do Rio São Francisco, bem como o encontro das suas águas com as do mar. Chegando ao encontro do rio com o mar, as embarcações ficam ancoradas por uma hora, tempo estabelecido pelo Ibama para cada visita ao delta.

Toda a região de Piaçabuçu é uma verdadeira maravilha da natureza, começando no delta de São Francisco e, claro, ando pelo Pontal do Peba. Numa grande área de praia, há todo um paraíso ecológico coberto de areias claras e muitos animais silvestres, como as tartarugas marinhas, já que o local, atualmente área de proteção ambiental, é o ponto mais importante de desova em Alagoas. O clima é bastante ameno, tornando-se o lugar perfeito para quem precisa descansar e ar um tempo longe da rotina. Tem uma faixa de areia grossa, de tons dourados, e de grande extensão, que se estende ao sul por cerca de 22 km de dunas douradas até chegar à foz do Rio São Francisco. Uma curiosidade: o nome “Peba” vem de tatupeba (tupi antigo) que quer dizer tatu achado. Na língua portuguesa, esse animal também é conhecido como tatupeba.

Fora do circuito turístico, existe uma pequena comunidade que vive à margem da sociedade moderna, mas agora com energia elétrica e internet. É a comunidade do Pixaim, descendentes de quilombolas, que moram em casas rústicas entre as dunas da área de proteção ambiental da Foz do São Francisco. Atualmente, a comunidade, que não a de 200 pessoas, quase todos adultos e idosos, se considera migrante dentro do mesmo território, mudando de casa de tempos em tempos. Vivem entre as lagoas de água doce e árvores de cajueiro. Nosso último destino do roteiro turístico Caminhos do São Francisco é uma joia rara de Alagoas.